18 de março de 2009

BATE PAPO COM OS EFERVESCENTES






ROCK JR: Como a banda começou?
Edu Barretto: Três rapazes aficionados por rock se encontraram. Um tocava guitarra, outro tocava baixo e outro, bateria. Começou assim.
Beto Stone: Mesmo sem nos conhecermos, tínhamos amigos em comum, entre eles David Bowie, Paul McCartney, John Lennon, etc. Quando fomos apresentados, através deles, entendemos que era a hora de produzir a nossa própria música.
Daniel Tessler: A banda começou de um breve sonho interrompido pelo barulho de uma Kombi passando em frente à casa do Edu. Foi ali que a gente resolveu montar uma banda de rock! Pensamos: “Caras, é isso! Rock!”.

ROCK JR: Por que Os Efervescentes?
Daniel Tessler: Porque é o bicho! O tio do Edu tinha uma música com esse nome, mas acho que ele pode explicar melhor do que eu.
Edu Barretto: A ideia era prestar uma homenagem ao meu tio, Syd, que teve uma carreira musical muito interessante. O nome veio diretamente de uma das composições estrambóticas dele, chamada Elefante Efervescente. Infelizmente ele não está mais entre nós.
Beto Stone: Achamos propício fazer essa homenagem ao velho tio Syd, que gostou muito, então resolvemos deixar.

ROCK JR: Como é o processo de composição de músicas?
Beto Stone: Todos compõem no grupo. Na maioria das vezes cada um aparece com uma música ou um pedaço dela, e vamos trabalhando. Acontece que, como compomos o tempo todo, muita coisa sai quando estamos sozinhos.
Edu Barretto: Não tem regra, as coisas vão acontecendo naturalmente. Cada um apresenta aquilo que acha interessante e, se for do interesse de todos, toca-se.
Daniel Tessler: Criamos juntos e sozinhos. Cada um tem seu tempo pra compor, as ideias fluem e simplesmente brota algo bruto (boa essa...“brota algo bruto”), que vamos lapidando até se tornar uma canção. O processo é natural. Sóan!

ROCK JR: Vocês acham que existe uma certa nostalgia em relação à cena rock em Porto Alegre nos anos 80?
Beto Stone: Gosto de muitas coisas da época. Desgosto de muitas também. Mas acho que a cidade está entrando demais nessa onda que para mim é simplesmente os anos oitenta, e não os grandes 80’s. Fico pensando no que tem de mais novo rolando. Acho que ficar revivendo os anos oitenta é uma sacanagem. Não foram tudo isso. Diferentemente dos 60’s e 70’s.
Edu Barretto: Eu nasci nos anos 80, mas prefiro estar atento à cena atual, àquela na qual estamos inseridos. Mullets e ombreiras não são do meu interesse (no momento).
Daniel Tessler: Sim, algumas bandas estão se destacando bastante com algumas características parecidas com as que foram vividas nos anos 80, mas cena de verdade, como teve nos anos 80 aqui, e em outras décadas em outros lugares, não tem.

ROCK JR: O rock gaúcho está de volta com toda a força?
Beto Stone: Nunca foi embora. Acho que, inclusive, foi forte nos próprios anos oitenta, marcado por uma febre que tinha grandes representantes no país. Acho que agora está melhor. Agora tem bandas fazendo os mais diversos tipos de som, diferentes tipo de rock. Isso é aproveitar o talento e a diversidade de uma região. Um grande exemplo é a proposta deste festival.
Edu Barretto: O rock feito no Rio Grande do Sul realmente está em grande fase. Diversas bandas daqui estão em evidência, tanto no underground como no mainstream.
Daniel Tessler: Sempre esteve! Rock gaúcho é no talo!

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